quinta-feira, janeiro 18, 2007

Chávez e o menino Lula

– Estamos aqui reunidos nesta noite para a fundação da União Jovem para a Defesa dos Ideais Democráticos. Palmas. Esta agremiação de natureza suprapartidária e plural representará um marco na defesa dos direitos políticos, civis, patrióticos e de livre manifestação do pensamento e da expressão da vontade da juventude. Palmas, urros e muitos bravos. Uma grande nação só se faz com uma juventude ativa, participante bem-informada e calcada nos verdadeiros princípios da democracia.
O salão foi tomado por uma grande algazarra que misturava vivas, pulos, assovios e palmas, era a própria desordem aclamando a vitória da ordem. Alguns, mais afoitos, dançaram com músicas improvisadas vindas de MP3 ou celulares.
– Calma, calma, silêncio, silêncio, gritou alguém querendo controlar os arroubos de felicidade e permitir que a sessão continuasse.
A multidão jovem se aquietou o suficiente, alguns diminuíram as músicas e dançaram mais contidos, outros fumavam ou bebericavam sentados extasiados com tanta liberdade vindoura.
– Sem maiores delongas, companheiros, e para a prosperidade e sucesso de nossa empreitada, como fui eu que convoquei todos aqui presentes para este momento memorável, eu me declaro presidente provisório por dois anos, quando então serão convocadas eleições gerais, diretas, livres e democráticas, porque esse é o espírito do nosso grupo e o nosso propósito primeiro. Saudemos este dia! Gritou o novo presidente democrático com grande entusiasmo.
Vivas, palmas e urros cobriram todo o salão e inundaram a vizinhança. O primeiro presidente da União Democrática saiu carregado pelos amantes da democracia que ele representava e duramente defendia. A multidão desfilou por toda a cidade apresentando seu líder democrático;
– Chávez! Chávez! Chávez! Chávez!
O menino Lula assistiu a tudo... comovido.