quarta-feira, maio 07, 2008

A poesia nossa de cada dia

Muita gente me conhece como professor, como palestrante ou como escritor de artigos. No entanto, não é grande o número de pessoas que sabe que também escrevo poemas, que inclusive já publiquei três livros (A poesia como substância, Opera poems e Amor é o que não é). Não sei se voltarei a publicar livros de poemas, mas quero deixar aqui uma série de textos que já escrevi e que tenho feito, porque acredito na arte da palavra como instrumento de libertação. Assisti esses dias um documentário com o fantástico poeta sulmatogrossense Manoel de Barros, de quem sou fã confesso. E pensando nele escrevi alguns textos. Volto, portanto, à carga.
Descobri que não fazia mais poesia
Quando me vi sério
Reto
Cumpridor de meus deveres
A vida passou a ser chata e desprotegida de alegrias infantis
Como um marimbondo com três ferrões
Foi aí que tomei um beliscão do Manuel
(o de Barros)
Ele me disse num riso de flor:
- Olha lá homem sério, que carranca te comeu?
- Desaprendi a ser torto.
- Olha pela janela então e alisa o Sol
Foi daí que a poesia me sorriu de novo
E me olhou de canto de olho
Como um amor proibido de quermesse.

2 Comments:

At 10:58 PM, Blogger Unknown said...

Tio!
sua poesia sempre me lembrou, e muito, o João Cabral... com umas pitadas de alguns outros poetas. Salvo engano foi um livro seu, em Hai Kai, que eu li há uns 5 anos, sobre amor. Adorei! Não vejo outra forma de caracterizar sua poesia: é 'foda'! Beijo!

 
At 9:29 AM, Anonymous Anônimo said...

Professor, apenas um comentário pra dizer que seu blog está 1000!
Acompanho ele sempre, e adoro suas postagens...Muito bom mesmo, você escreve maravilhosamente bem, de uma forma que lendo até parece ser fácil escrever.
Parabens e sucesso sempre...
Desejo que continue com seu humor "ácido" de sempre!
bjo

 

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