Duas histórias conexas
1
Duas personagens da horrível ficção da vida, Lula Molusco e Chávez do Barril, saíam de um palácio em Brasília e um perguntou para o outro:
– O que é isso, o Sol ou a Lua?
– Não sei, eu não sou daqui.
2
Eu estava me formando em Direito no ano de 1985, na Universidade Estadual de Maringá e era presidente de comissão de formatura. Para tanto, eram realizadas reuniões periódicas com outros presidentes de outros cursos para decidirmos coisas comuns, já que a formatura, naquele tempo, era conjunta.
Uma das reuniões mais importantes era para decidir quem seria o paraninfo geral de toda a universidade. Cada curso tinha o direito de indicar um nome e dez minutos para defender a sua indicação. Nosso candidato, o então secretário estadual da justiça, Dr. Horácio Raccanelo Filho (que no lugar de um jurista maravilhoso será lembrado apenas como uma avenida do centro novo), perdeu a indicação para o então ministro da educação, Marco Maciel. A presidente de outro curso (infelizmente não posso dizer qual) me perguntou:
– Quem é esse Marco Maciel?
– Como, quem é ele? É o ministro da educação, eu respondi espantado e com um sorriso de canto de boca. Ao que ela retrucou nervosinha:
– Eu não sou obrigada a saber, eu não sou daqui, sou do estado de São Paulo.
– O que é isso, o Sol ou a Lua?
– Não sei, eu não sou daqui.
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Eu estava me formando em Direito no ano de 1985, na Universidade Estadual de Maringá e era presidente de comissão de formatura. Para tanto, eram realizadas reuniões periódicas com outros presidentes de outros cursos para decidirmos coisas comuns, já que a formatura, naquele tempo, era conjunta.
Uma das reuniões mais importantes era para decidir quem seria o paraninfo geral de toda a universidade. Cada curso tinha o direito de indicar um nome e dez minutos para defender a sua indicação. Nosso candidato, o então secretário estadual da justiça, Dr. Horácio Raccanelo Filho (que no lugar de um jurista maravilhoso será lembrado apenas como uma avenida do centro novo), perdeu a indicação para o então ministro da educação, Marco Maciel. A presidente de outro curso (infelizmente não posso dizer qual) me perguntou:
– Quem é esse Marco Maciel?
– Como, quem é ele? É o ministro da educação, eu respondi espantado e com um sorriso de canto de boca. Ao que ela retrucou nervosinha:
– Eu não sou obrigada a saber, eu não sou daqui, sou do estado de São Paulo.
2 Comments:
Professooooor! Eu não sabia que você tinha um blog! Aliás, adorei suas histórias, passei um bom tempo lendo o que você escreve, e adorei mesmo, tudo muito engraçado (ou não, depende do ponto de vista).
Provavelmente você deve estar se perguntando "putz, quem é essa menina?!", você não vai lembrar de mim, mas eu participei de um mega plantão no qual você dava aula. Também adorei todas (não, eu não sou puxa-saco, eu simplesmente gostei mesmo). rs!
abraços.
:)
A democracia só funciona se for democracia direta. Se for democracia representativa vira oligarquia, plutocracia, roubocracia... E os cidadãos devem ter estudo. Mas, o Ideal seria a aristocracia platônica. Vale ressaltar o "Ideal" que é impraticável... Porque, meus deuses, ainda tenho que acreditar no impossível? Esse sofrer constante? E o pior é ouvir ao meu redor a mesma euforia iluminista da RF, a crença na capacidade humana de se organizar e ser civilizado. Será que ninguém se toca? Que todo aquele projeto foi(está indo) por água abaixo? Temos que REpensar!
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