Histórias da vida real VII
Eu sou doido por melancia. No final dos anos 80 e início dos 90 eu morava na rua Tabaetê, no Jardim Tabaetê, nos fundos do cemitério da Perimetral. Aos sábados gostava de andar de bicicleta e num desses resolvi assistir a uma gincana entre os alunos do Colégio Nobel, onde trabalhava e trabalho até hoje. Fui de bike, participei do evento e ainda me exercitei. Até aí tudo bem.
Como já disse, sou doido por melancia. Na volta, resolvi parar num vendedor de frutas que tem seu caminhãozinho em frente ao Teatro Reviver, ao lado do cemitério (notem que cômico: um teatro chamado Reviver ao lado de um cemitério) e, portanto, à época, perto da minha casa. Queria levar uma melancia, mas como faria isso se estava de bicicleta? Resolvi aceitar a sugestão do vendedor:
- Eu coloco num saco vazio de laranja e você leva nas costas. Disse-me ele feliz.
Eu sou doido por melancia. Achei então a idéia muito boa, ele colocou a fruta num saco daqueles furadinhos, me ajudou a subir e como a av. Cerro Azul é descida em direção à minha casa, lá fui eu. No entanto, eu deveria passar por muitos quebra-molas (Maringá é cheia dessa praga) e cada vez que passava por um, ouvia um cccccccrrrrrréééééééccccccckkkkkkk estranho. Era saco que esgarçava.
Eu sou doido por melancia e como brasileiro eu não desisto nunca. Logo que percebi o que poderia acontecer, tombei-me para frente em direção ao guidão para exercer menos pressão sobre o saco e conseguir que ele resistisse até em casa, para tanto larguei o freio e acelerei a minha descida. Não foi o que aconteceu. O saco rompeu e a fruta bateu na roda traseira e começou a descer a avenida a toda velocidade. Eu caí no canteiro central, depois de uma freada brusca, abandonei o veículo e saí correndo e gritando:
- Segura essa melancia que é minha!
Não preciso dizer que fui o motivo de riso do sábado à tarde. Peguei a fujona, voltei até a bike, coloquei a melancia no ombro direito e comecei a descer a rua de casa (para minha infelicidade também repleta dos malditos quebra-molas). O suco da fruta foi molhando toda a minha camiseta e os cccrrréééécccckkkksss não aparavam. A melancia partiu-se em duas. Pois eu coloquei uma metade sobre a outra, empurrei a bicicleta até em casa e comi a fruta mesmo quente. Naquele dia, senti-me um herói anônimo, como diz o poeta “vencedor da idade e das procelas”.
Nunca duvidem da disposição de um homem doido por melancias.
Como já disse, sou doido por melancia. Na volta, resolvi parar num vendedor de frutas que tem seu caminhãozinho em frente ao Teatro Reviver, ao lado do cemitério (notem que cômico: um teatro chamado Reviver ao lado de um cemitério) e, portanto, à época, perto da minha casa. Queria levar uma melancia, mas como faria isso se estava de bicicleta? Resolvi aceitar a sugestão do vendedor:
- Eu coloco num saco vazio de laranja e você leva nas costas. Disse-me ele feliz.
Eu sou doido por melancia. Achei então a idéia muito boa, ele colocou a fruta num saco daqueles furadinhos, me ajudou a subir e como a av. Cerro Azul é descida em direção à minha casa, lá fui eu. No entanto, eu deveria passar por muitos quebra-molas (Maringá é cheia dessa praga) e cada vez que passava por um, ouvia um cccccccrrrrrréééééééccccccckkkkkkk estranho. Era saco que esgarçava.
Eu sou doido por melancia e como brasileiro eu não desisto nunca. Logo que percebi o que poderia acontecer, tombei-me para frente em direção ao guidão para exercer menos pressão sobre o saco e conseguir que ele resistisse até em casa, para tanto larguei o freio e acelerei a minha descida. Não foi o que aconteceu. O saco rompeu e a fruta bateu na roda traseira e começou a descer a avenida a toda velocidade. Eu caí no canteiro central, depois de uma freada brusca, abandonei o veículo e saí correndo e gritando:
- Segura essa melancia que é minha!
Não preciso dizer que fui o motivo de riso do sábado à tarde. Peguei a fujona, voltei até a bike, coloquei a melancia no ombro direito e comecei a descer a rua de casa (para minha infelicidade também repleta dos malditos quebra-molas). O suco da fruta foi molhando toda a minha camiseta e os cccrrréééécccckkkksss não aparavam. A melancia partiu-se em duas. Pois eu coloquei uma metade sobre a outra, empurrei a bicicleta até em casa e comi a fruta mesmo quente. Naquele dia, senti-me um herói anônimo, como diz o poeta “vencedor da idade e das procelas”.
Nunca duvidem da disposição de um homem doido por melancias.
10 Comments:
Olá Nailor, você nao é DOIDO, é pior, mas, nao te deu uma diarréia depois?? a melancia estava quente..hui!..se fosse eu, depois de tudo aquilo teria pelo menos deixado esfriar!!.. pq nao sou pior que doido..mas valeu.. qual outra fruta você é "apaixonado"?
nossa mto arriiiiiiiiadooo
eahiuaeiaehaieuiae
dei mtas risada
eahuiaehiuea
adoro vc profffffff
Foi ai que voce descobriu que aguentava correr a prova rustica tiradentes?? hahaha
Ola Nailor
Pior é cair d Bike, deu aquela raladinha????rsrsr
como teve o ânimo de comer a melância???AINDA QUENTE???
mas nã opodemos duvidar de um homem.....
passar bem...
vc é o melhor cara....
mtu Campeão!
Que aventura, enh?!
deve ter sido engraçado, para aqueles que puderam presenciar a cena... eheheh
abraço professor.
se puder, da uma passada na página da minha banda, lah tem link para download das músicas: http://www.purevolume.com/lets_play
Nailor...
...Nossa essa história da melancia é engraçadíssima! Isso que é paixão, né?!
Acho que apesar dos pesares, a melancia deveria estar com um gostinho muito especial.
Adorei a história, você é sensacional!!!
Abraço.
blog sensacional professor^^ deu pra rir bastante^^
professor você é muito hilario..hehe..
beijos e sucesso
Hummmm... Ler esta história me fez rir muito e engraçado como é possível voltar no tempo e sentir todas as sensações de dez anos atrás!
Obrigada pelo blog, suas histórias aqui permitem que mesmo agora tão longe no tempo e distante no mapa eu possa sentir o gostinho tão bom da cidade que tanto amo e de uma das coisas que mais gostei na vida que foi assistir suas aulas.
beijos
Hummmm... Ler esta história me fez rir muito e engraçado como é possível voltar no tempo e sentir todas as sensações de dez anos atrás!
Obrigada pelo blog, suas histórias aqui permitem que mesmo agora tão longe no tempo e distante no mapa eu possa sentir o gostinho tão bom da cidade que tanto amo e de uma das coisas que mais gostei na vida que foi assistir suas aulas.
beijos
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