quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Histórias da vida real III

§ 5

Uma amiga de minha irmã foi ao hospital visitar uma vizinha
que estava com câncer em estado bastante adiantado. Ao voltar para casa foi indagada pelo marido sobre a situação da visitada. Disse, na frente do marido e da filha de quatro anos, que achava que ela não passaria daquela semana. No entanto, a semana se passou e a mulher não morreu, o que incitou outra visita no domingo seguinte. Desta vez, toda família foi ao hospital, entraram no quarto e quando a menina viu a doente, indagou de pronto:
– Ué, a senhora não morreu? A minha mãe disse que a senhora não viveria nem a semana passada.
O quarto se encheu de risadas amarelas.

§ 6

Minha mulher é dentista e atende pessoas das mais variadas classes sociais e culturais.
O que todo espera sempre é que pessoas de melhor posição financeira tenham um cuidado melhor com o que falam. Em meio à visita de um cliente muito rico, jovem e muito conhecido numa cidade vizinha, ela foi surpreendida pelo estado deplorável em que se encontrava a boca do rapaz. Depois de uma análise apurada, disse:
– Olha, eu preciso ser franca, alguns de seus dentes foram arrancados sem necessidade. Há realmente muita coisa que precisa ser feita aqui, será um tratamento um pouco longo, mas deixaremos o seu sorriso maravilhoso e vamos reconstituir essas falhas.
O rapaz, meio agitado, foi logo se explicando:
– O que acontece, doutora, é que eu morro de medo de dentista, pra mim dente é assim, doeu, doeu muito eu mando logo distraí.

1 Comments:

At 2:27 PM, Anonymous Anônimo said...

Sei que não era o caso do paciente, mas em clínicas de faculdade cansei de ouvir dos pacientes "distrai o cisnei" (tente adivinhar), "assustei o cheque", "empenhorei minhas jóies", e assim por diante. Cada uma!!! Beijos.

 

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