segunda-feira, dezembro 10, 2007

Médicos que matam


Mais da metade - para ser preciso, 56% - dos alunos de sexto ano das faculdades de medicina não passaram no exame do CRM-SP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo); muitos desses cursos que tiveram péssimos desempenhos cobram mensalidades que chegam a até R$ 4.000 mensais. Mas o pior não é o que o estudante paga, mas o que, uma vez formado, ele faz - ou deixa de fazer.
O diretor de comunicação do CRM-SP, Braulio Luna Filho, sustenta: existe uma forte suspeita de que o aumento de denúncias contra médicos se deve à baixa qualidade das faculdades, sem acesso a hospitais universitários ou professores qualificados. O número de denúncias cresceu 75% entre 2000 e 2006.
É mais um aspecto da crise do ensino brasileiro, agravado com o fato de que se formam médicos que matam ou prejudicam a saúde dos pacientes. Daí ser inexplicável (exceto por lobby corporativo) esse exame ser voluntário - e, pior, localizado em pouquíssimos lugares do Brasil, onde existem 172 faculdades de medicina que colocam na rua, muitas vezes sem oferecer residência, 10 mil médicos.
Deliciem-se com os resultados de algumas escolas participantes do Exame do Cremesp 2007
Unoeste (Pres Prudente)
Número de inscritos: 27
Percentual de aprovação:18,5
Universidade de Taubaté (Unitau)
Número de inscritos: 14
Percentual de aprovação:21,4
Faculdade de Medicina da Universidade de Marília (Unimar)
Número de inscritos: 10
Percentual de aprovação:0,0
Centro Universitário Barão de Mauá – Ribeirão Preto (UFBM)
Número de inscritos: 1
Percentual de aprovação: 0,0
Material extraído da Coluna de Gilberto Dimnetein, na Folha on line, 10/12/2007

1 Comments:

At 3:13 PM, Anonymous Anônimo said...

Na medicina pode estar mais visível, mas não é só aí que existem problemas. Já não sei mais se a Educação no Brasil tem real conserto. Será mesmo um país do Futuro? Tantos já estão desacreditados e sem esperança. O problema é que é a esperança que nos faz lutar.

 

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