segunda-feira, outubro 29, 2007

Lula no inferno

Lula, George Bush e Toni Blair morreram no mesmo dia e, como bons cristãos, foram para o inferno. Uma semana depois da chegada, preocupados com o que acontecera em seus países depois de suas mortes, resolveram pedir ao Diabo o direito a uma ligação (até o pior bandido tem direito a uma ligação). O Diabo concedeu.
Bush ligou, falou dois minutos e a ligação custou U$ 2000,00 (dois mil dólares), ele achou ruim, mas pagou;
Blair também, falou cinco minutos e o custo foi de €$ 5000,00 (cinco mil euros), ele também achou caro, mas pagou:
Lula, por sua vez, invejoso como sempre, também ligou, falou por três horas (com a sua clássica ojetividade à la Chávez), quando terminou, o Diabo cobrou-lhe apenas R$ 5,00 (cinco reais). Lula intrigado perguntou por que tinha ficado tão barato se falara mais tempo que os outros. Ao que o Diabo respondeu:
- De inferno pra inferno é chamada local.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Educação = arroz com feijão

A educação comunistóide brasileira, afetada por inúmeras teorias vanguardistas, conseguiu colocar o Brasil num piores lugares do ranking mundial de classificação de alunos por retenção de conhecimento. Estamos sempre beirando os últimos lugares. Aqui nós não conseguimos que os nossos alunos aprendam com eficiência a língua pátria e as quatro operações e queremos ensinar senso crítico (para semi-analfabetos ou analfabetos funcionais), nossos meninos mal parendem onde têm o nariz e queremos que entendam a reprodução insetos, trigonometria, balanceamento químico e noções de mecânica quântica.
A nossa educação é a mais abrangente e, ao mesmo tempo, a menos eficaz. Queremos ensinar lasanha quando não conseguimos ensinar nem o arroz com feijão. A Finlândia, que por sua vez está nos primeiros lugares, faz sempre o arroz com feijão e deixa que no momento certo cada aluno, se achar necessário, aprenda lasanha.
Que pena que a França não é aqui, leiam o texto abaixo:
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, escreveu uma carta de 32 páginas aos professores. Ela foi impressa em mais de um milhão de exemplares no formato de um fascículo e entregue no domicílio de cada funcionário da Educação Nacional, escolas privadas e agrícolas. Trata-se de algo inédito desde 1883, quando Jules Ferry --- o criador da escola livre, obrigatória e laica, na França --- enviou uma circular à docência francesa inteira. Sarkozy diz que escreveu com “paixão”, “pensado nos filhos” e convida os destinatários da Carta aos Educadores a reformar o sistema educacional francês. Justifica a proposta atacando a herança deixada pelo movimento estudantil de Maio de 68. Escreve ele: “Por uma espécie de reação, depois de algumas décadas, a personalidade da criança foi colocada no centro da educação no lugar do saber.” Sarkozy quer a volta do ensino da cultura geral que recuou em relação a uma “especialização excessiva e precoce”. Os filhos das famílias modestas não devem apenas apreender a ler, escrever e contar. A idéia de que eles não precisam ser confrontados com os grandes autores é “uma das maiores marcas de indiferença,” segundo o presidente. Nenhum aluno deve passar de ano sem que seja submetido a uma prova rigorosa que determina sua capacidade para entrar na etapa seguinte. A autoridade do professor sobre o aluno deve ser restabelecida. “Nós não valorizamos o bastante a transmissão do conhecimento,” escreve Sarkozy. Ainda que defenda a tradição francesa, o presidente acha essencial uma maior abertura ao saber, cultura, pontos de vistas estrangeiros. A escola deve permanecer laica, mas a gênese das grandes religiões, suas percepções do homem e do mundo devem ser estudadas. O presidente francês diz que os educadores são os mais capacitados para decidir o que é bom para os alunos. Ele promete que a revalorização da missão de ensinar será uma prioridade do seu mandato. Mas os aumentos salariais serão em função do resultado. Os sindicados dos professores reagiram com cautela. Embora admitam uma linha clara para a educação nacional que abre um debate nacional, denunciam uma “lógica mercantil” do governo que prevê corte de pessoal, redução do tempo de estudos para os alunos e aumento na carga de trabalho dos professores.

terça-feira, outubro 16, 2007

Político bom é político morto II

Essa é Campeã
Millôr Fernandes lançou um desafio através de uma pergunta: "Qual a diferença entre um político e um ladrão?"
Um leitor respondeu todo orgulhoso: " Caro Millôr, após longa pesquisa cheguei a esta conclusão: a diferença entre o ladrão e o político é que, um eu escolho, o outro me escolhe. Estou certo?"Fábio Viltrakis, Santos-SP.
- Poxa, Viltrakis, você é um gênio! conseguiu achar uma diferença entre ladrão e político. Parabéns!

segunda-feira, outubro 15, 2007

O Segredo da Esfinge?


A senadora ou senador (nunca sei direito) Ideli Salvati, na foto acima, talvez tenha nos dado uma pista do seu verdadeiro interesse em defender o desenador Renan Canalhas. Será este o segredo da Esfinge? Decifra-me ou te devoro? Claro que o verbo devorar aqui tem um sentido menos oral.

terça-feira, outubro 09, 2007

Político bom é político morto

“Um novo projeto polêmico entrou na pauta da Assembléia Legislativa do Paraná. Na tarde desta terça-feira (2), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deu parecer favorável para que uma proposta que proíbe a denúncia anônima seja discutida entre os deputados estaduais. A medida visa que procedimentos administrativos nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não sejam mais feitos com base em denúncias anônimas. Dos 54 deputados, 45 assinaram o parecer para a tramitação do projeto do deputado Ademar Traiano - PSDB (deveria ser Ademar Traíra)
A proposta define que a abertura de investigações contra servidores públicos e autoridades dos três poderes só será válida quando o denunciante se identificar. O autor do projeto afirma que a medida não é corporativa. “O objetivo do projeto é garantir a proteção do servidor público, que acaba atingido por muitas denúncias sem fundamento”, afirmou Traiano à agência de notícias da Assembléia Legislativa.” (fonte: Gazeta do povo, 09/10/07)
Não há medida para a cafajestagem, a falta de vergonha na cara e o mau-caratismo dos políticos brasileiros. Um deputado vagabundo desses (a crítica aqui é aberta) tinha de ser preso só por propor a medida, preso não juntos com seus comparsas (os outros deputados assinantes do projeto) deveriam surrados em praça pública. É isso que está faltando: Fernandinho Beira-Mar socorre a gente, elimina um deputado por dia e você será presidente do Brasil.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Descultura e Sem-terras


Sexta-feira, dia 28/09, dei uma palestra na cidade de João Pessoa-PB. Até aí normal, porque tenho viajado o Brasil fazendo isso. No entanto, parece que é preciso ver in loco o descaso cultural deste país. Vizinho à capital paraibana está a cidade de Sapé, berço de um dos mais ilustres poetas brasileiros, Augusto dos Anjos. Ele nasceu lá, no então Engenho Pau D'Arco, de propriedade de seus pais.
No sábado aluguei um carro para poder conhecer o tal engenho, a casa onde o poeta nasceu e viveu e, principalmente, poder ver e tocar o tamarindeiro sob a sombra do qual o poeta escrevia. Quando chego ao lugar, descubro que o governo federal desapropriou as terras, inclusive o imóvel e entregou para os sem-terras. Famílias de sem-terras moram na casa grande onde o poeta nasceu e viveu. Que as terras fossem entregues eu até aceito, mas a casa com toda a sua história é inaceitável, posto que se trata de patrimônio da cultura brasileira, portanto pertencente a cada um de nós.
Em qualquer lugar do mundo a casa teria virado um museu e estaria gerando riqueza e trabalho, inclusive qualificando os filhos dos tais sem-terras. Aqui, no entanto, vira objeto de política dita social, barata, inconseqüente e burra (o que é típico deste desgoverno do PT). A foto em anexo é a do tamarindeiro (embaixo do qual algumas pessoas realizavam um churrasco e tocavam pagode, enquanto o poeta se revirava no túmulo).

Debaixo do tamarindo
Augusto dos Anjos (1884-1914)


No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!

Hoje, esta árvore de amplos agasalhos
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da flora brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!

Quando pararem todos os relógios
De minha vida, e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,

Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade,
A minha sombra há de ficar aqui!